Coleção Clássica DIBICA
Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.Choramo, Mahay (A)
Mahay [1] Choramo nasceu em Kucha no sul da Etiópia. Sua mãe, Paltore Posha era de Humbo em Wolaitta. Choramo, seu segundo marido e pai de Mahey, era de Kucha. Mahay, que na língua local significa leopardo, teve um irmão Daniel e três irmãs. Todas faleceram: Tera aos dois anos de idade; Meskele em 1976 e Feteshey em 1979. Por volta de 1920, depois que Mahay nasceu, teve uma vida muito parecida com a de qualquer criança da zona rural da Etiópia. Mas o futuro de Mahay não estava determinado pelas condições sócio-econômicas ou religiosas nas quais nasceu e cresceu. Ela foi moldada pelo trabalho de um punhado de estrangeiros que chegaram a Wolaitta logo que ele nasceu.
Em abril de 1928 os primeiros missionários estrangeiros, membros da Missão ao Interior do Sudão, chegaram a Soddo. Eles fizeram evangelismo itinerante e fundaram um hospital. Quase nove anos depois que eles chegaram, foram expulsos pelos italianos que invadiram a Etiópia. A maioria dos missionários estrangeiros partiram de Soddo no dia 17 de abril de 1937, e os últimos missionários da Missão ao Interior do Sudão deixaram a Etiópia no dia 21 de agosto de 1938. Eles deixaram um pequeno número de convertidos, dos quais muitos tinham um desejo ardente de continuar a tarefa dos missionários estrangeiros.
Os missionários estrangeiros tinham usado as línguas locais na sua pregação e no seu ensinamento e tinham feito muito pouco trabalho de tradução. Ao partir, deixaram a tradução de um livreto de Escrituras Selecionadas chamado Deus Tem Falado [2] e o evangelho de João, o qual mais tarde foi publicado na língua Wolaitta. Os crentes almejavam ter toda a Bíblia, a qual lamentavelmente estava disponível somente em Amárico que era a língua dos latifundiários e avarentos oficiais do governo que não freqüentavam a igreja.
Os oficiais do governo do sul da Etiópia eram todos do platô central, terra natal dos povos Tigre e Amhara. Eles eram membros da Igreja Ortodoxa Etíope. O cristianismo promovido pelos padres da Igreja Ortodoxa Etíope eram uma religião étnica, era a religião dos Tigres e dos Amharas. Para tornar-se cristão, uma pessoa devia adotar a cultura Tigre-Amhara. O evangelismo da Igreja Ortodoxa Etíope no sul da Etiópia era feito por intermédio da educação e não da proclamação. Aos seus olhos, ser um não-cristão ortodoxo-etíope era um paradoxo, portanto a maioria dos habitantes do sul da Etiópia estava excluída da possibilidade de tornar-se cristãos.
O Imperador “Constantino” Haile Selassie, da Etiópia, autorizava por conta própria as missões não-ortodoxas a trabalhar no sul da Etiópia. Ele impunha poucas restrições sobre eles, entre as quais a proibição de aprender a língua Amárica. A sua intenção era mantê-los distantes da Igreja Ortodoxa Etíope, a qual usava somente a língua Geez (na liturgia) e Amárico (nos contatos sociais). Isto era exatamente o que os membros da Missão ao Interior do Sudão (S.I.M) queriam. Isto lhes dava carta branca para começar novas igrejas, o que era radicalmente diferente do que todas as outras missões na Etiópia se propunham a fazer [3].
Ao receberem esta luz verde, os missionários da S.I.M. iniciaram o Movimento das Novas Igrejas [4]. Os missionários estrangeiros basicamente ignoraram por completo a Igreja Ortodoxa Etíope e por ordem do Imperador os funcionários e membros de tal igreja tinham que agüentar os missionários. Os dois grupos pareciam dois trens de carga que se cruzavam a noite. Neste clima, milhões de pessoas não-ortodoxas no sul da Etiópia estavam livres para se tornarem cristãos não-ortodoxos. Foi nestas condições que Mahay Choramo nasceu.
Experiência de Conversão
Assim como todos os etno-religiosos, Mahay e sua família eram religiosos e preocupados com a alienação espiritual, prestação de contas e julgamento. No momento certo para Mahay, evangelistas itinerantes do Movimento das Novas Igrejas em Wolaitta visitaram Kucha, e pregavam aceitação no lugar de rejeição e perdão no lugar da culpa. Mahay que carecia de qualquer contato prévio com ensinamento cristão aceitou esta mensagem literalmente e começou a viver uma vida transformada. A sua conversão foi uma simples escolha entre dois caminhos: o caminho da cultura e da tradição e o caminho da Bíblia, o movimento de um mundo para o outro, da escuridão para a luz. Na época da sua conversão não havia outros crentes naquela área.
Na comunidade de Mahay as pessoas acreditavam que Satanás era uma pessoa real com um poder real além de existirem muitas outras forças destrutivas no seu mundo. “Afasta Satanás,” era uma expressão comum na língua materna de Mahay. A experiência de conversão de Mahay eliminou o seu medo de Satanás. Mais tarde ele compreendeu que Satanás só tinha uma estratégia: impedir que os incrédulos escutassem as Boas Novas, impedindo que os crentes as pregassem.
As travessuras e as palhaçadas que os etno-religiosos atribuíam a Satanás não o preocupavam muito. Antes de tornar-se crente ele tinha incursionado no ocultismo, mas recusou ser possuído. A sua própria experiência o convenceu que a palavra de Deus pregada, tinha o poder de vencer a Satanás e transformar as vidas. Por esta razão a pregação das Boas Novas tornou-se a sua paixão. Para Mahay, qualquer tipo de oposição ou dificuldade era simplesmente a ação de Satanás para impedir a pregação das Boas Novas.
Um fato singular nas ações de Mahay foi a peculiaridade de que ele só voltou a ter contato com missionários estrangeiros vários anos após a sua conversão [5] de modo que eles não influenciaram no início. No começo a sua compreensão da conversão era baseada na sua experiência, e gradualmente ele começou a entender a fé como um todo. Mas como muitos dos novos convertidos, ele queria descobrir por si mesmo o que o Livro tinha a dizer. Mediante trabalho duro e oração ele finalmente conseguiu aprender por si mesmo a ler Amárico e comprou uma Bíblia. Para seu benefício, a tradução que usou não era em Amárico clássico nem sequer um equivalente, de modo que a sintaxe rudimentar facilitou a sua leitura e entendimento.
Ele admirava os evangelistas que viajavam pregando as Boas Novas: eles eram os instrumentos humanos que trouxeram a ele nova vida [6] ele queria imitá-los mesmo desde o momento da sua conversão. Assim como os crentes de Atos 4:20, ele não conseguia ficar quieto e constantemente criava oportunidades das Boas Novas. Mais tarde ele teria outros motivos que aumentariam o seu desejo de pregar.
Mahay teve oito filhos: Mattewos, que morreu no norte em 1985, uma filha que morreu em Bulki logo após o nascimento, Israel, que trabalha em desenvolvimento em Addis Ababa, Lydia, uma professora de escola secundária em Soddo, Rebecca, uma estudante em Addis Ababa, Sarah, que trabalha num hospital em Soddo, Timoteos, que tem uma oficina mecânica em Soddo e Rahel, que é casado com um médico que trabalha no Hospital de Balcha.
Pregação
Mahay aceitou o fato de que a pregação e a oposição coexistiam, já que esta foi a experiência da Igreja Primitiva no livro de Atos. Na Etiópia na década de 40, todos os cristãos não-ortodoxos eram tratados injustamente de acordo com os caprichos e humor de qualquer oficial do governo ou latifundiário. A Igreja Ortodoxa Etíope era negligente perante tal oposição porque simplesmente não possuía categorias em quais encaixar o Movimento das Novas Igrejas [7]. Mahay esperava sofrer oposição [8] mas nunca se ressentiu ou teve rancor daqueles que se opunham, assim fossem padres, latifundiários ou oficiais do governo. A sua resposta era sempre a mesma: Deus ama vocês e o Espírito Santo que me dá poder é maior do que qualquer coisa que vocês possam fazer. As únicas vezes que a prisão não foi o púlpito para ele foi quando foi colocado na solitária. Em uma ocasião ele agradeceu a um juiz o qual ficou muito irritado e lhe perguntou se ele tinha alguma coisa para agradecer, ao que Mahay respondeu: “Eu vou ter oportunidade de orar e meditar melhor estando sozinho”.
Mas Mahay não somente aceitou a inevitável oposição, ele trabalhou, orou e negociou para diminuí-la, apelando às leis em vigor e perante certos indivíduos. Sabedor de que a Bíblia e a Constituição Etíope propunham liberdade religiosa, ele procurou fazer concessões apesar da injustiça e da aceitação do status quo. Ele se auto-defendia nas cortes com a sua Bíblia e respondia a cada pergunta dizendo: “Isto é o que a palavra de Deus diz.” Mas foi a oposição que levou Mahay a entrar em contato com outros crentes e o Movimento das Novas Igrejas.
Gradualmente Mahay sentia que Deus não somente o queria como pregador, mas também como missionários e evangelista [9]. Como missionário a sua paixão era ir a lugares onde o povo ainda não tinha escutado as Boas Novas [10]. Como evangelista ele se sentia impelido a pregar e seguir em frente, deixando a tarefa pastoral para outros. Ele não precisou ir muito longe em direção ao sul até encontrar pessoas cuja língua e cultura fosse muito diferente da sua. Assim aconteceu quando foi A Kafa, a oeste da Etiópia. Ele obedeceu este chamado fielmente, apesar de não ter uma educação formal, a não ser poucos anos de escola bíblica rural. Certa vez ele também ficou muito doente com tuberculose.
Para Mahay, ser um missionário evangelista itinerante significava ser um fundador de igrejas [11]. Durante a sua carreira de meio século ele fundou muitas congregações. No entanto, ele jamais se autodenominava fundador de igrejas, porque para ele a igreja local nascia espontaneamente assim que as pessoas se convertiam. Qualquer grupo de pessoas não evangelizadas era a sua paróquia [12]. Ele achava a maneira de fazer contatos e de viver e pregar com esses grupos. Por exemplo em Gofa, uma área ao sul da sua terra, na qual ele começou a vender sal na beira da estrada nos dias de feira. Lá ele falava com as pessoas, orava pelos doentes e pregava a todos os que se dispunham a escutar. Ele encorajava os novos convertidos a reunirem-se com freqüência e escutar a sua pregação. Então ele achava alguma outra pessoa para que fosse o seu pastor e mudava-se para outro lugar. A estratégia itinerante foi o modelo deixado pelos missionários estrangeiros [13] e que ele também identificou no trabalho dos apóstolos no livro de Atos.
Conexão com a Igreja Wolaitta Kale Heywat (IWKH)
Durante toda a sua vida, Mahay tem sido membro ativo da IWKH a qual ele considera como sua mãe espiritual. Antes de partir para qualquer lugar ele sempre pediu a benção do Conselho de Anciãos da IWKH. Estes o consideravam um dos seus trabalhadores e ocasionalmente lhe enviavam pequenas quantias de dinheiro [14]. Com o passar dos anos, o pessoal da IWKH lhe pediram várias vezes que se aposentasse, ao que ele respondia que a palavra aposentadoria não existia no Livro, eles imploravam que o abençoassem e permitissem partir para uma nova área não evangelizada. Ele dizia: “Não estou pronto para ficar sentado e permitir que o meu corpo se torne adubo. Eu vou continuar a trabalhar e pregar o evangelho.” Os anciões sempre acabavam cedendo. Paul Balisky comenta: “Ele continua a escutar o que parece ser uma voz audível que lhe diz: ‘Ide, ide’”. A sua vida e o seu ministério derivam desta teologia.
A sua teologia se desenvolveu a partir de quatro fontes: experiência, o contato com etno-religiosos não convertidos, contato com a Igreja Ortodoxa Etíope e com o Movimento das Novas Igrejas. Mas todas estas fontes estavam subordinadas ao Livro do qual ele extraía todo o seu ensinamento. Ele pregava sobre: Deus o criador, a queda do homem, as conseqüências do pecado, o julgamento e a redenção que Deus deu através de Cristo. Ele também enfatizava a ressurreição de Cristo e a esperança de ressurreição dos crentes. Era muita matéria para cobrir numa lição, mas Mahay se esforçava para que a sua mensagem fosse o mais clara possível, ao falar para as pessoas que o escutavam por primeira vez e que talvez não o escutassem mais. [15] Perante qualquer acusação e qualquer questionamento ele abria o Livro e começava dizendo: “A Palavra de Deus diz…”
Os ensinamentos de Mahay estão marcados por vários temas recorrentes. Apesar da constante oposição, parece que ele jamais se cansava de falar do amor de Deus. Mesmo que ele e a sua família vivessem do pouco que produziam em pequenas parcelas de terra, das ofertas dos novos convertidos e da generosidade ocasional da IWKH [16], as suas orações estavam cheias de agradecimento. Por outro lado, ele sempre dava crédito a qualquer realização ao poder do Espírito Santo. Por décadas ele acumulou centenas de histórias sobre o que Deus fez em diversas situações.
Mahay sentia uma obrigação compulsiva de levar as Boas Novas a todo mundo. Não se abalava nem sequer nas ocasiões em que estava com o coração quebrantado pelos problemas que surgiam nas igrejas que ele fundava, em certas ocasiões testemunhou a desintegração de muitas congregações. Mas ele também teve a alegria e a satisfação de ver muitas delas multiplicarem-se.
A paixão de Mahay foi sua marca como líder entre os etíopes e os estrangeiros também. Ele também conquistou inimigos e opositores com o seu simpático sorriso, a sua personalidade alegre e a sua voz tranqüila. “Mahay era um evangelista veterano que juntamente com a sua esposa serviu ao Senhor por muitos anos em outras partes da Etiópia antes de aceitar o desafio de Bunna [17]. Tanto ele como a sua esposa eram calmos e gente boa, cuja gentileza demonstrava uma coragem interna que nascia de uma confiança quase infantil em Deus.” [18] Ele motivava as pessoas com o seu desejo de sempre ser o primeiro em arriscar-se e perseverar quando os outros fraquejavam. A tenacidade e o foco foram as duas qualidades que dominaram o seu trabalho por toda sua vida.
Mahay provavelmente jamais se considerou como um mentor, já que ajudar a outros missionários evangelistas era simplesmente parte da sua grande visão. Ele era capaz de caminhar por centenas de quilômetros e ficar por meses com jovens missionários com o intuito de adaptar-se à cultura e à língua do seu campo de missão. Nem bem completava a sua missão e estava procurando por outro trabalho.
Regiões Remotas
Ele sentia urgência de ir até as regiões remotas. Não foi um David Livingstone porque jamais foi para testar se a receptividade do povo. Muitas vezes ele teve que ir embora antes de ver uma igreja estabelecida, mas tinha a certeza que no tempo certo a semente que ele plantara daria frutos. A sua visão para o ministério era muito maior do que suas próprias realizações, já que ele começava um trabalho e logo partia, deixando a cargo de outros. “Os evangelistas não vêem a si mesmos como uma estrutura permanente no lugar salot bet (casa de oração) que eles ajudam a estabelecer. Eles eram como peregrinos, continuamente a caminho. Eles pregavam, batizavam e treinavam a liderança.” [19] Ele jamais foi chefe ou presidente de coisa alguma, mas sempre estava lá na colocação da pedra fundamental. Ele freqüentemente suportou os ataques da oposição e as frustrações e lutas com os primeiros crentes. Para depois deixar que outros construíssem grandes edifícios e liderassem numerosas congregações.
Os seus críticos dizem que em alguns lugares ele ficou mais do que o tempo necessário e gastou muito tempo e energia plantando e cuidando das suas árvores de café. Outros experimentaram o seu conselho paternal e foram condescendentes com ele.
Ele se sentiu satisfeito de ter pregado. Isto era a sua paixão, os resultados eram um presente de Deus. Ele não pediu nada mais do que a oportunidade de pregar as Boa Novas à pessoas que não as tinhas ouvido ou entendido. [20]
Era das Trevas e anos seguintes
Durante a Revolução Cultural Etíope (1974-1991) a maioria das igrejas em Wolaitta permaneceram fechadas entre 1985 e 1990. Até os serviços funerários foram suspensos. Mahay e os outros começaram a formar pequenos grupos e inspiraram os crentes a forçar limites e arriscar-se. Batismos e aulas de instrução eram realizadas a noite. Mahay continua a ajudar missionários evangelistas que ainda trabalhavam em área distantes. Ele lhes levava os salários e gravadores. Ele lembra que em uma ocasião, próximo a um povoado chamado Araba Minch,lhe confiscaram oito gravadores e 1.600 birr etíopes. Depois que a Frente Democrática Revolucionária do Povo da Etiópia (FDRPE) tomou o poder em 1991, Mahay e outros começaram a circular mais abertamente, mas ele logo foi preso novamente. Desde 1998, ele vinha trabalhando com missionários evangelistas nativos e estrangeiros, especialmente Malcolm Hunter para estabelecer obreiros permanentes em Borana e outras áreas ao sul da Etiópia com a fronteira com o Quênia.
O papel de Mahay nesta parceria de missionários evangelistas não pode ser facilmente esquecida. “Os evangelistas não assumiram sua posição por indicação da sociedade tradicional. A autoridade deles deriva dos missionários ou das congregações que os enviaram [21]. Mas a coragem e a disposição deles de confrontar os líderes do ocultismo marcou o seu ministério. Eles, talvez mais do que ninguém, são os arautos da nova comunidade; a qual apesar de estar relacionada com a sociedade tradicional significa o começo da algo completamente novo. [22]
BIBLIOGRAFIA SELECIONADA sobre misisonários-evangelistas etíopes: Wondiye Ali, Awakening at Midnight: the story of the Kale Heywet Church in Ethiopia Vol. 2, 1942-1973 (Amárico), publicado pelo Departamento de Literatura KHC, Addis Ababa, 2000. Johnny Bakke, Christian Ministry Patterns and Functions within the Ethiopian Evangelical Church Mekane Yesus (Nova Jersey: Humanities Press, 1987). E. Paul Balisky, “Wolaitta Evangelists: A Study of Religious Innovation in Southern Ethiopia, 1936-1975,” (tese de Doutorado, University of Aberdeen, 1997). Albert E. Brant, In the Wake of Martyrs (Langley, B.C.: Omega Publications, 1992). Edith Buxton, Reluctant Missionary (Londres: Hodder & Stoughton, 1968). Mahari Choramo, Ethiopian Evangelist: Autobiography of Evangelist Mahari Choramo, com notas de Brian L. Fargher, (Edmonton: Enterprise Publications, 1997). F. Peter Cotterell, Born at Midnight (Chicago: Moody Press, 1973). ——–, Cry Ethiopia (Eastbourne: MARCO, 1988). Raymond Davis, Fire on the Mountain (Nova Iorque/Toronto: SIM, 1966). ——–, Winds of God (Canadá: SIM International Publications, 1984). Clarence W. Duff, Cords of Love. A Pioneer Misssion in Ethiopia (Phillipsburg, N.J.: Presbyterian & Reformed Publishing Co., 1980). Brian L. Fargher, The New Churches Movement in Ethiopia 1928-1944 (E.J. Brill, 1998). ——–, “As origens do Movimento das Novas Igrejas na área de Hammer Bako 1954-1961,” tese de mestrado não publicada de Brian Fargher com Donald e Christine Gray (março de 1996). W. Harold Fuller, Run While the Sun is Hot (Chicago: Moody, 1967). Norman Grubb, Alfred Buxton of Abyssinia & Congo (Londres & Redhill: Lutterworth Press, 1942). Lucy Winifred Horn, Hearth and Home in Ethiopia (Londres: SIM, 1960). Thomas A. Lambie, A Doctor without a Country (Londres: Fleming & Revell Company, 1939). Guy W. Playfair, Trials and Triumphs in Ethiopia (Toronto, Canadá: SIM, sem data ca. 1943). A. G. H. Quinton, Ethiopia and the Evangel (Londres: Marshall, Morgan & Scott, 1949). Ed & Edna Ratzliff, Letters from the Uttermost Parts of the Earth (Publicação individual, 1987). Alfred G. Roke, An Indigenous Church in Action (Auckland, N.Z.: Sudan Interior Mission, 1938). J. Spencer Trimingham, The Christian Church and Missions in Ethiopia (World Dominion Press, 1950). ______________
Brian Fargher
Notas
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Seu pai lhe deu o nome de “Mahay”, mas como muitos dos que não pertencem aos Amharas freqüentemente adaptam o seu nome. Na sua autobiografia ele firmemente insiste que o seu nome é Mahari, que significa misericordioso.
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Clarence W. Duff, Cords of Love. *A Pioneer Mission in Ethiopia *(Phillipsburg, N.J.: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1980): 266.
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Edith Buxton, Reluctant Missionary (Londres: Hodder and Stoughton, 1968): 169. O sonho de Buxton para a Etiópia e o de todos os outros missionários, exceto os da S.I.M., era provocar um avivamento na Igreja Ortodoxa Etíope.
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Brian L. Fargher, The Origins of the New Churches Movement in Southern Ethiopia 1928-1943 (E. J. Brill, 1998).
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W. Harold Fuller, Run While the Sun is Hot (Chicago: Moody, 1967): 178-208. Fuller escreve sobre evangelistas como Bangay, Warrasa e Beyena, os quais trabalharam com missionários estrangeiros. Para os outros, isto era “impensado, sem sentido”.
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F. Peter Cotterell, Born at Midnight (Chicago: Moody Press, 1973). Ch. 12, “1940-1950,” pgs. 112-123, dão uma muito breve visão geral do que os missionários evangelistas nativos conseguiram em várias partes da Etiópia. R. V. Bingham’s “Dear Prayer Helper” as cartas freqüentemente consistiam quase que exclusivamente de relatos sobre as viagens, sendo que ele estava sempre viajando. Bingham foi o fundador da Missão ao Interior do Sudão e o primeiro diretor geral.
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Norman Grubb, Alfred Buxton of Abyssinia and Congo (Londres: Lutterworth Press, 1942): ch. 17, pgs. 129-139 cobrindo os anos de 1934-1935. Apesar das melhor intenções de Buxton os seus evangelistas também experimentaram grande oposição por parte da igreja estatal.
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Ed e Edna Ratzliff, Letters from the Uttermost Parts of the Earth (publicação particular, 1987). Nas pgs. 16-136, “20 de maio de 1951 - 8 de janeiro de 1952,” os autores relatam a intensa oposição que aconteceu em Gamo, uma área ao sul do lugar original de trabalho de Mahay.
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Ele provavelmente não percebeu o fato de que o “trabalho missionário” implicava muita estratégia. “Será óbvio que a maior tarefa das missões [e das igrejas na Etiópia] será a ocupação adequada de vastas áreas não evangelizadas.” J. Spencer Trimingham The Christian Church and Missions in Ethiopia (World Dominion Press, 1950): 54.
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Talvez ele escutasse a história dos quarto evangelistas missionários que tinham atravessado o Rio Bilate em direção a Sidamo, os quais foram açoitados e mandados de volta, e que assim mesmo retornaram assim que os seus ferimentos estavam curados e fundaram igrejas. Guy W. Playfair, Trials and Triumphs in Ethiopia (Toronto, Canada: sem data, ca. 1943): 31. O relatório de Playfair sobre o que aconteceu na Etiópia entre 1938 e 1942 foi resumido num pequeno livreto intitulado A Etiópia está Estendendo as suas mãos a Deus o qual foi distribuído nas áreas de abrangências das missões. Segundo aponta Cotterell muitos destes missionários evangelistas não encontravam problemas lingüísticos ao começo, porque circulavam em áreas que falavam línguas do mesmo grupo; mas gradualmente entraram em áreas além destes limites. “Uma igreja nativa no sul da Etiópia” no The Bulletin for African Church History, Vol. III, Nº. 1, 2 (1970), pgs. 68-104, esp. pgs. 82-85.
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O começo da sua carreira está brevemente relatada em Awakening at Midnight: the story of the Kale Heywet Church in Ethiopia Vol. 2, 1942-1973 (Amárico), Wondiye Ali, pgs.147-150, publicado pelo Departamento de Literatura da KHC, Addis Ababa, 2000.
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A. G. H. Quinton, Ethiopia and the Evangel (Londres: Marshall, Morgan & Scott, 1949): 58. Quinton declara que a maioria dos missionários que retornavam gastavam a maior parte do seu tempo e energia treinando “pastores e anciãos.”
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Alfred G. Roke, An Indigenous Church in Action *(Auckland, Nova Zealândia: Missão ao Interior do Sudão, 1938): 53. Os missionários estrangeiros se referiam ao princípio de ir e pregar com o “testemunho espontâneo” o que incluía não somente tomar iniciativa como missionário evangelista, mas também conseguir o seu próprio sustento financeiro. Raymond Davis, *Fire on the Mountain. The story of a miracle-the Church in Ethiopia (Nova Iorque/Toronto: S.I.M., 1966). Cap. 10, pgs. 99-105, conta a história de Toro, quem não somente queria ir e pregar, mas insistia em confiar somente em Deus no referente às suas necessidades financeiras. Mais tarde Mahay trabalhou por curtos períodos com vários missionários pioneiros estrangeiros; “as origens do Movimento das Novas Igrejas na área de Hammer Bako 1954-1961,” tese de mestrado não publicada de Brian Fargher com Donald e Christine Gray (março de 1996). Em certa ocasião (março de 1956) Mahay caminhou por cinco dias de Soddo a Bako, ida e volta, para trazer correspondências aos Gray.
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Peter Cotterell, Cry Ethiopia (Eastbourne: MARC, 1988), pg. 45. Ofertas especiais foram levantadasnas conferêcias anuais e distribuídas entre os evangelistas ( aqueles que trabalhavam na sua terra natal) e missionários evangelistas como Mahay.
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Raymond J. Davis, The Winds of God (Canada: SIM International Publication, 1984): 104.
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Lucy Winifred (Freda) Horn, Hearth and Home in Ethiopia (Londres: S.I.M., 1960), páginas 60-71 contam a história das esposas de algun missionários evangelistas e suas lutas.
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Bunna que também significa Banna. Um grupo étnico das planícies do sul da Etiópia.
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Raymond J. Davis, The Winds of God (Canadá: SIM International Publications, 1984), Cap. 7 é parte da história da Mahay. A citação é da pg. 100.
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E. Paul Balisky, “Wolaitta Evangelists: A Study of Religious Innovation in Southern Ethiopia, 1937-1975,” (tese de Doutorado, University of Aberdeen, 1997): 337. A história de Mahay é cantata brevemente nas págs. 215 e seguintes. A tese te Balisky é um estudo preciso sobre os missionários evangelistas de Wolaitta.
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A informação sobre esta sessão provém de uma entrevista feita por Paul Balisky a Mahay em 20 de março de 2001 em Addis Ababa, Etiópia.
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Eu diria que a autoridade deles provinha de Deus quem os chamou e enviou.
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Johnny Bakke, Christian Ministry Patterns and Functions within the Ethiopian Evangelical Church Mekane Yesus (Nova Jersey: Humanities Press, 1987): 135.
BIBLIOGRAFIA SELECIONADA sobre misisonários-evangelistas etíopes:
Wondiye Ali, *Awakening at Midnight: the story of the Kale Heywet Church in Ethiopia *Vol. 2, 1942-1973 (Amárico), publicado pelo Departamento de Literatura KHC, Addis Ababa, 2000.
Johnny Bakke, Christian Ministry Patterns and Functions within the Ethiopian Evangelical Church Mekane Yesus (Nova Jersey: Humanities Press, 1987).
E. Paul Balisky, “Wolaitta Evangelists: A Study of Religious Innovation in Southern Ethiopia, 1936-1975,” (tese de Doutorado, University of Aberdeen, 1997).
Albert E. Brant, In the Wake of Martyrs (Langley, B.C.: Omega Publications, 1992).
Edith Buxton, Reluctant Missionary (Londres: Hodder & Stoughton, 1968).
Mahari Choramo, Ethiopian Evangelist: Autobiography of Evangelist Mahari Choramo, com notas de Brian L. Fargher, (Edmonton: Enterprise Publications, 1997).
F. Peter Cotterell, Born at Midnight (Chicago: Moody Press, 1973).
——–, Cry Ethiopia (Eastbourne: MARCO, 1988).
Raymond Davis, Fire on the Mountain (Nova Iorque/Toronto: SIM, 1966).
——–, Winds of God (Canadá: SIM International Publications, 1984).
Clarence W. Duff, Cords of Love. A Pioneer Misssion in Ethiopia (Phillipsburg, N.J.: Presbyterian & Reformed Publishing Co., 1980).
Brian L. Fargher, The New Churches Movement in Ethiopia 1928-1944 (E.J. Brill, 1998).
——–, “As origens do Movimento das Novas Igrejas na área de Hammer Bako 1954-1961,” tese de mestrado não publicada de Brian Fargher com Donald e Christine Gray (março de 1996).
W. Harold Fuller, Run While the Sun is Hot (Chicago: Moody, 1967).
Norman Grubb, *Alfred Buxton of Abyssinia & Congo *(Londres & Redhill: Lutterworth Press, 1942).
Lucy Winifred Horn, Hearth and Home in Ethiopia (Londres: SIM, 1960).
Thomas A. Lambie, *A Doctor without a Country *(Londres: Fleming & Revell Company, 1939).
Guy W. Playfair, Trials and Triumphs in Ethiopia (Toronto, Canadá: SIM, sem data ca. 1943).
A. G. H. Quinton, *Ethiopia and the Evangel *(Londres: Marshall, Morgan & Scott, 1949).
Ed & Edna Ratzliff, Letters from the Uttermost Parts of the Earth (Publicação individual, 1987).
Alfred G. Roke, An Indigenous Church in Action (Auckland, N.Z.: Sudan Interior Mission, 1938).
J. Spencer Trimingham, The Christian Church and Missions in Ethiopia (World Dominion Press, 1950).
Este artigo recebido em 2001, foi escrito e pesquisado pelo Dr. Brian Fargher, Diretor Executivode Treinamento em na Cruzada Estudantil para Cristo em Edmonton, Alberta, Canadá.