Coleção Clássica DIBICA
Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.Chaia, Nehemias
Nehemias André Chaia nasceu na vila de Mbanze sob a administração do Chef Nguluze, Chidenguele. O pai dele foi Pastor André Maholo Chaia e a sua mãe foi Sra. Lúcia Mabunda (Matshinhe) Chaia da vila de Manjacaze. Como filho de um pastor, ele nunca foi exigido cuidada da manada de bois no mato.
Em 1953, os pais foram servir como pastores na vila de Chikavane. Foi os desejo dos pais, e dele também, assistir às aulas da escola e no ano 1956, Nehemias foi enviado estudar na Escola de Tavane. Por causa da falta do dinheiro, ele voltou à casa em 1959 e então o pai enviou-o para a Missão Católica na vila de Mangunze. Nehemias assistiu umas das aulas de educação por extensão realizado pela missionária, Sra. Mary Cooper. Sob a intervenção dela, Chaia inscreveu-se na escola bíblica em Tavane. O pai dele orou por ele antes da sua partida: “Senhor, tu nos deste este jovem, o nosso filho, Nehemias. Dê lhe a tua ajuda ao partir de nós para que amanhã ele possa servir o Senhor.” Nehemias continuou os estudos por um ano, e depois ele inscreveu na escola bíblica. Mas, ele não entendeu o propósito da sua presença na escola.
Durante os estudos na escola bíblica, ele foi enviado servir como pastor na vila de Chieleni. Ele não fez bem como pastor porque ele ainda não aceitara Jesus como Senhor e Salvador. Em 1962 ele serviu na igreja de Pheyapheya e depois na Mapfongwani, perto da missão onde ficou a escola bíblica. Num dia a diretora da escola, a Sra. Lorraine Schultz, conhecida como “Dez Para Oito”[1] disse ao corpo estudantil que ela estava muito preocupada sobre uns estudantes colocados como pregadores porque eles mesmos tiveram necessidades espirituais. Um estudante começou a chorar e pediu oração. Mais tarde o Nehemias escreveu, “Eu também fui ao altar. Nunca posso-me esquecer aquele dia no dia 22 de Setembro de 1962 quando conheci Jesus. Agradeço a Jesus por me redimir. Fui perdido e morto, mas naquele dia vivi!”
Na quarta-feira seguinte, dia 25 de Setembro, durante o culto na capela, o Rev. Samuel Manhique leu do livro de II Timóteo 3:5, “…tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.” O Chaia explicou o que aconteceu, “Eu senti a grande necessidade do Espírito Santo no meu coração. Ao orar por mim mesmo, de repente eu senti uma paz profunda e alegria. Eu falei, “Obrigado, Senhor. Agora sou santificado.” Os professores ajudaram-no com as propinas e os estudos andaram bem, mas ele não completou o curso.
Em 1966 ele foi para Joanesburgo para trabalhar nas minas de ouro e serviu assim até 1969. Em 1968 ele relatou, “O meu coração está muito contente conhecendo a Jesus Cristo porque ele me perdoou de todos os meus pecados. Também, autogoverno foi tirado … verdadeiramente eu lhe amo e quero servi-lo e dar testemunho por ele entre o meu próprio povo.”[2]
Nehemias casou-se com a Sra. Leonor Bessie Moisés Ngulele no dia 1 de Novembro de 1969. Chaia orava muito sobre o regresso às aulas na escola bíblica. Finalmente ele cumpriu o curso em 1972. De 1975 até 1978 o casal serviu como pastores da igreja de Munguambe, Chidenguele. Em 1978, Chaia foi escolhido regressar a Joanesburgo para servir como pastor aos mineiros. Foi ordenado por superintendente geral da Igreja do Nazareno, o Dr. Eugene Stowe, em 1977.
Nehemias Chaia foi um líder excelente com o dom de evangelizar as pessoas sem conhecimento de Cristo. Como pastor na igreja de Munguambe ele teve um grande grupo de jovens que comprometeram-se para servir o Senhor. Começando em 1975, Moçambique foi um país socialista e comunista, até ao ponto que os governadores não permitiram os jovens assistirem aos cultos nas igrejas. Nas escolas os jovens foram ensinados que a Bíblia fosse um livro de ilusões. Consequentemente, muitos jovens deixaram a Igreja do Nazareno. Nehemias Chaia conseguiu convencer os jovens ficar na igreja e motivaram-nos continuar servir o Senhor, “a realidade final do mundo.”
O Filipe Banze diz que o seu tio, Nehemias Chaia, que lhe convenceu que as ideias socialistas não funcionavam, foi a pessoa chave que lhe ajudou conhecer o Senhor. Ao tempo do seu falecimento, o Nehemias Chaia estava a ajudar o pai dele fazer preparações para o casamento do Filipe.[3]
O Rev. Nehemias Chaia foi tragicamente morto num acidente de viação enquanto servindo como capelão numa mina na vila de Carletonville, África do Sul. Foi acompanhado por um leigo nazareno, o Sr. Mondlane, que também morreu.[4]
Paul S. Dayhoff
Notas
-
Sra. Lorraine Schultz enfatizou que os estudantes precisavam de estar presente sempre às 10 pras oito de manhã nas manhãs. Se eles atrasassem, eles perderiam o pequeno almoço no dia seguinte. Por isso os estudanes deram-lhe este nome.
-
Pastor Nehemias Andre Chaia, “My Testimony,” Mutwalisi (The Herald), revista Shangaan/Tsonga da Igreja do Nazareno em Moçambique e África do Sul, (Florida, Transvaal, África do Sul: Casa Nazarena de Publicações, Abril-Junho 1968), 7.
-
Sr Filipe Banze, relatório na Escola Bíblica Nazarena de Suazilândia, Julho 1998.
-
Rev. Nehemias Chaia, notas biográficas na lingual changana, da Sra. Lorraine Schultz. “Mozambique Pastor Killed,” World Mission (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, Maio 1985), 11
Este artigo foi reproduzido, com permissão, do livro Africa Nazarene Mosaic: Inspiring Accounts of Living Faith, first edition, (Florida, Gauteng, South Africa: Africa Nazarene Publications, 2002), copyright © 2001, by Paul S. Dayhoff. All rights reserved.