Coleção Clássica DIBICA
Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.Mainga, Lea
Tia Lea Mainga nasceu em Njatigue próximo de Manjacaze. Sua mãe era uma curandeira. O Rev. Noé Mainga era seu primo. Ela arrependeu-se por primeira vez em 1920 e os líderes de sua igreja nessa época eram o Pastor Mosi Manhique e Daniel Mukheti.
Ela e o sue marido eram membros da igreja quando os primeiros missionários nazarenos, o Rev. Charles Jenkins e a Sra. Pearl Jenkins, chegaram em 1922. Ela testemunha que a sua fé ainda era incompleta: “- Eu ainda furtava e bebia, quando os missionários nazarenos chegaram.” [1] Logo após esta data, o sue marido faleceu, vítima da Febre Tifóide.
Durante o avivamento de 1925, ela começou a re-examinar os fundamentos da sua fé. Ela orou: “- Os meus pecados são muito grandes. Jesus jamais poderá me perdoar.” Ela confessou que durante a doença do seu marido, ela chamou um curandeiro contra a vontade dele, quando ele estava inconsciente. Agora ela não poderia pedir perdão ao seu marido. Era próximo de meia-noite, e ela continuava repetindo na sua oração: “- Eu vou confiar em ti Jesus.” Finalmente ela começou a rir e disse: “-Eles todos desapareceram. Todos os meus pecados desapareceram.”
Durante os avivamentos de 1927-28, ela foi completamente santificada. Ela orou por duas semanas com outras mulheres e moças, e explicou muitos anos depois: “- Elas me pediam para entregar-me a Deus, mas era uma coisa muito difícil. Eu queria escolher os meus próprios caminhos. Então eu deixei de fazer a minha própria vontade, e o Espírito Santo veio. Eu sei! Havia paz! Havia gozo! Eu lembro muito bem.” [2]
Lea, sendo viúva, de acordo com o costume Shangaan, deveria passar a ser uma esposa mais do irmão mais velho do seu marido. Naquela época, o irmão mais velho estava ausente, trabalhando nas minas de ouro. Lea Mainga estava ansiosa e com medo de ter que ser esposa de um não cristão. Os Jenkins a ajudaram com dinheiro para pagar o preço da sua liberdade. A tia Lea tornou-se uma das primeiras “mulheres da bíblia.”
Ela não voltou a casar-se, mas continuou em Njatigue como uma fiel “mulher da bíblia.” Freqüentemente o seu rosto ficava molhado com lágrimas, ao aconselhar e orar com os fiéis. [3]
Paul S. Dayhoff
Bibliografia
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Mutwalisi (The Herald), Shangaan/Tsonga revista Nazarena da Igreja do Nazareno em Moçambique e África do Sul (Florida, Transvaal, South Africa: Casa Publicadora Nazarena, Dezembro 1983), 9; Vicente James Mbanze, “Buku ya nkhuvo wa 50 wa malembe ya Kereke ya Munazarene ka Gaza ni Tete” (50° Aniversário da Igreja do Nazareno em Gazaland e Tete), (MissãoTavane, 1972), 31.
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Betty Emslie, With Both Hands: The Story of Mary Cooper of Gazaland, (Kansas City, MO: Casa Publicadora Nazarena, 1970), entrevista com Lea Mainga, 84-86.
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C. S. Jenkins, “Those Women…,” The Other Sheep, (Kansas City, MO: Casa Publicadora Nazarena, Janeiro 1954), 5-6.
Este artigo foi reproduzido com permissão de Africa Nazarene Mosaic: Inspiring Accounts of Living Faith, primeira edição, copyright © 2001 por Paul S. Dayhoff. Todos os direitos são reservados.