Coleção Clássica DIBICA
Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.Mathusse, Catarina
A Pastora Catarina Mathusse encontrou o Senhor durante os avivamentos de 1926, em Njatigwe. Ela veio a ser pastora da igreja em Chitsombelane, perto de Manjacaze, no Distrito de Mavengane. O marido dela, Senhor Elias Mathusse, tinha-lhe sido infiel.
Em 1952, na reunião anual das mulheres em Tavane, ela relatou que um dos vizinhos tinha conflitos constantes com a esposa. O tribunal quis deportá-lo para São Tomé, na costa ocidental da África. Porém, o Chefe Zacarias intercedeu a favor dele, dizendo que não queria que o homem fosse deportado. Ele disse antes: “Havemos de mandá-lo para a igreja de Chitsombelane.”. Aquele homem, agora é um bom crente e membro da sua congregação.”[1]
Por volta de 1960 houve uma seca grave, acompanhada de fome. Catarina Mathusse plantou uma horta grande de mandioca, que cresce bem no solo arenoso, e que era regada pelo orvalho, mesmo durante a seca. Grande parte do produto foi roubada, mas ela não procurou descobrir os culpados. Sabia que a haviam roubado porque tinham fome. Vindas as chuvas, o chefe da zona, Senhor Zacarias Chitsombelane, procurou-a certo dia e lhe agradeceu porque a horta dela os tinha salvo. Os seus próprios filhos tinham entrado lá para roubar.
O chefe convidou-a a chegar à sua casa uma vez por mês no dia em que ele trazia as instruções da administração. Todo o povo estaria ali reunido e ele queria que ela lhes falasse acerca do Deus que fez dela tão diferente. Ele mandou homens com bois para lavrarem os campos dela. Em breve a igreja passou a ficar cheia, e dentro de alguns anos quatro raparigas e quatro rapazes dessa congregação foram preparar-se na Escola Bíblica de Tavane. Ela era a presidente distrital da Sociedade Nazarena da Missão Mundial.
O marido dela converteu-se de novo e voltou para a casa. Os quatro filhos deles continuam a ser ativos no trabalho da igreja. A Pastora Catarina Mathusse faleceu vitoriosamente no Senhor em 14 de setembro de 1997.[2]
Paul S. Dayhoff
Citações:
1.”Annual Women’s Meeting”,Mutwalisi (O Arauto), revista na língua Tsonga da Igreja do Nazareno em Moçambique e África do Sul, (Florida, Transvaal, África do Sul: Nazarene Publishing House, Setembro-Outubro, 1952),14.
- Oscar & Marjorie Stockwell, The Tribe of God: A Collection of Stories from African Christians, (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, 1989), 40-41. Vicente Mbanze, carta, (13 de abril de 1995).
Este artigo é reproduzido, com permissão do livro Living Stones In Africa: Pioneers of the Church of the Nazarene, edição revisada, direitos do autor © 1999, por Paul S. Dayhoff. Todos os direitos reservados.
Este artigo foi traduzido da língua inglesa pelo Rev. Roy Henck, missionário reformado para Cabo Verde, e pelo Rev. António Barbosa Vasconcelos, pastor cabo-verdiano.