Coleção Clássica DIBICA

Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.

Brierley, Bessie Fricker and Leslie

1936-1970
Missão Evangélica
Guiné-Bissau

“20 de maio, partida de navio para a Guiné Portuguesa sozinha.” Essa era a inscrição no diário de Bessie Fricker em 1940. Como é que uma moça solteira viajou sozinha para pregar a palavra de Deus na Guiné Portuguesa?

Em 1932 Norman Grubb, o diretor da WEC (World Evangelization for Christ), recebeu uma visão do Senhor para as áreas não-evangelizadas da África Ocidental. Na parede da sala de oração, ele mantinha um grande mapa que tinha o foco em nove países da África Ocidental, incluindo a Guiné Portuguesa ou Guiné-Bissau, como é chamada atualmente. A cada dia o grupo da sede da missão em Londres, na Inglaterra, pedia a Deus que chamasse pioneiros para levar a palavra de Deus até aqueles países. Os membros da missão compartilharam o desafio da África Ocidental em várias igrejas. Foi assim que o Senhor falou com Bessie Fricker sobre o povo da Guiné Portuguesa.

Em 1884, uma missão protestante solicitou ao governo português que autorizasse o trabalho na Guiné, mas este rejeitou. “Já temos sacerdotes suficientes para as necessidades espirituais do povo,” foi a resposta. Do ponto de vista do governo, nada havia mudado, porém os cristãos haviam começado a orar e Deus estava chamando missionários.

Bessie nasceu em uma família pobre em Londres, Inglaterra. Saiu da escola depois de uma educação mínima e foi trabalhar como garçonete para ajudar na renda familiar. Seus pais não eram cristãos, porém Bessie costumava ir à missão que havia próxima à sua casa. Ela ia aos cultos porque freqüentemente recebia alguma comida ou vestimentas. Após quatro anos, recebeu Jesus como seu Salvador. Tinha 19 anos de idade.

Desde o início, desejava ela ser uma missionária. Deus a desafiou com a idéia de ir até a África, mas como ela poderia realizar isso?

A sua família dependia da renda de Bessie. O seu noivo apesar de ser cristão, não tinha interesse no campo missionário. Como poderia ela entrar na escola bíblica com tão pouca escolaridade? Como poderia aprender uma língua estrangeira? O Senhor solucionou cada problema. Ela terminou seu noivado, a escola bíblica aceitou-a e os seus professores ajudaram-na de tal modo que teve a máxima nota no exame de hebraico. A sua mãe apesar de não ter interesse no Evangelho, não se opôs.

Bessie queria ir para algum lugar onde o Evangelho ainda não tivesse sido pregado. Na semana santa de 1936 o Senhor a chamou para a Guiné Portuguesa, e os líderes da missão concordaram. Portanto, a Bessie era parte da resposta de Deus às orações feitas pedindo obreiros para os nove países da África Ocidental. Em Julho de 1936 ela chegou a Angola para aprender português e prepar-se para a vida da África.

Era uma equipe de três, dois homens e Bessie. Os três mudaram-se para as ilhas de Cabo Verde em junho de 1939, os dois homens Cliff Gaye e Bill Griffiths, seguiram para a Guiné Portuguesa à frente de Bessie. Bessie por ser uma moça solteira teve que aguardar em Praia e ficou muito desanimada. Leslie Brierley, que estava trabalhando no Senegal conheceu os outros dois na Guiné e fizeram um levantamento das condições do lugar. Havia muitos problemas: a lei dizia que eles precisavam construir exatamente de acordo com os padrões europeus, porém eles não tinham suficiente dinheiro nem sequer para uma construção simples. Além do que a Segunda Guerra Mundial tinha começado e eles sentiam a obrigação de retornar à Inglaterra e alistar-se. Dois deles deixaram a Guiné Portuguesa e voltaram para as ilhas de Cabo Verde. Leslie percebia as Ilhas como um lugar que estava completamente aberto à palavra de Deus. No entanto, os outros dois homens é que foram trabalhar lá. Ele teve que retornar para o seu antigo trabalho no Senegal.

Aguardar! Aguardar! Sempre aguardar! Bessie sentia-se muito frustrada. Não foi fácil, mas o Senhor tinha muito para ensinar. A vida em Praia não se parecia em nada com a vida na estação Missionária na mata em Cabinda, Angola. Ela teve que aprender como vestir-se e como comportar-se perante oficiais do governo. Lições muito importantes para uma futura diretora da missão!

Dona Libania tinha se convertido através de Bessie em Praia. Ela já havia trabalhado em Bissau como costureira e estava disposta a ir à Guiné com Bessie, mas não poderia ir antes do fim de junho. Era aconselhável viajar antes do período chuvoso, por essa razão Bessie estava navegando sozinha em 20 de maio de 1940.

Com a ajuda do Senhor

Bessie chegou à Guiné sozinha, mas verdadeiramente o Senhor foi a sua frente. Em cada lugar que ela ia, ela encontrava pessoas que a ajudavam. Inclusive no barco para Bolama, ela encontrou-se com um juiz que ela havia conhecido na Angola. Assim que ela chegou à Bolama, a capital nessa época, ela reconheceu um homem e sua irmã, que ela tinha conhecido na sua viagem para Angola. O diretor da Companhia Telegráfica, que tinha ajudado os seus colegas em 1939, que ainda estava lá, ajudou-a a desembarcar, conseguir o visto ir ao banco e fazer os trâmites oficiais necessários. Mas, quando ela foi para ao hotel, não havia vagas. Estava totalmente lotado! Mas Deus não a tinha esquecido. Um cristão de Praia que estava indo para Bissau, cedeu-lhe o seu quarto. Na manhã seguinte ela tinha que ir ao comissário distrital. Ele permitiu que ela ficasse no país, inclusive deu-lhe permissão para viajar ao interior.

Bessie foi à Bissau, a capital comercial, para aguardar a chegada de Dona Libania. Bessie alugou uma casa de dois dormitórios próxima à catedral. Lá elas tiveram sua primeira reunião. Dez jovens mulheres muito bem vestidas fizeram-se presentes; ficaram conversando entre si o tempo todo, e jamais voltaram à reunião. Mas o senhor gradativamente começou a trabalhar. Guilhermina Barbosa (Mimi) foi a primeira convertida. Através da sua vida transformada, os seus dois filhos também se converteram assim como um amigo deles, Armando Santos, que trabalhava na Casa Gouveia. Dezesseis se converteram e era freqüente a presença de trinta pessoas na pequena sala.

Em outubro de 1941, Bessie recebeu alguns visitantes. Seus colegas que trabalhavam no Senegal, tiveram que sair de lá devido à segunda Guerra Mundial. Bessie ficou muito contente de receber David e Margaret Barron e Leslie Brierley, mas eles não puderam ficar na Guiné uma vez que o governo não lhes outorgou vistos. Desapontada, Bessie teve que vê-los partir de navio. Dona Libania também teve que retornar a Cabo Verde, pois teve um ataque do coração. Um outro casal que estava se preparando para vir atrasou-se uma vez mais. Todos estes problemas somados ao fato de ter contraído malária foram demais para Bessie. Ela sabia que deveria partir e deixar a Guiné temporariamente, mas ela estava determinada a retornar. Falou com o governador e pediu um visto de saída que a permitisse voltar. Ele estava tão feliz em vê-la partir, que concordou com todos os seus pedidos, porém de fato ele fez votos pra que ela jamais retornasse.

Então, depois de dezoito meses, Bessie teve que entregar aquele pequeno grupo de dezesseis novos crentes nas mãos de Deus.

Leslie Brierley

Leslie Brierley era natural do norte da Inglaterra. Ele terminou a escola cedo e fez cursos de mecânica e engenharia elétrica. Converteu-se aos quatorze anos de idade num encontro missionário. Aos dezoito anos ele soube que Deus o estava chamando para trabalhar na África, mas as escolas bíblicas não aceitavam pessoas que menores de vinte e um anos. No entanto que trabalhava, ele fez um curso bíblico por correspondência. Então em 1931, ele soube de um novo instituto bíblico que o aceitaria, apesar de sua pouca idade. Quando completou o curso, se preparou para ia à Gâmbia junto com outros. Antes que eles chegassem a WEC decidiu enviá-los á Casamance no Senegal. Lá, trabalharam por cinco anos. Assim que soube que os colegas haviam chegado à Guiné, foi visitá-los. A sua análise da situação lá, guiou suas orações e seus planos para o futuro. Com a queda da França na Segunda Guerra Mundial, o governo francês expulsou todos os britânicos das suas colônias. De modo que tiveram quinze dias para arrumar suas coisas e partir. Chegaram à Bissau, mas as suas esperanças de trabalhar lá também foram frustradas. O governo português só permitiu que permanecessem lá por vinte e quarto horas. David e Margaret Barron navegaram para Inglaterra, mas Leslie foi para Serra Leoa, e entrou para o serviço do governo lá. A Guerra o impediu pela segunda vez de ser missionário.

Quando Bessie saiu de Bissau, ela não foi para Inglaterra, mas navegou para Freetown, na Serra Leoa. Cinco meses mais tarde ela e Leslie se casaram. Em dezembro de 1942 chegaram à Inglaterra. Bessie ainda estava muito debilitada e estava grávida. Mas possuía uma meta: voltar para a Guiné Portuguesa.

Juntos no retorno

Bessie jamais pôde esquecer a Guiné Portuguesa. O senhor também deu à Leslie a mesma visão. Em reuniões por toda a Inglaterra, eles falaram do pequeno grupo de crentes que a Bessie deixou em Bissau. Eles pediam às pessoas que orassem pelo grupo, e também para que o Senhor possibilitasse o seu retorno. Eles solicitaram vistos em quatro embaixadas diferentes, sem sucesso. Parecia impossível conseguir um visto para a Guiné Portuguesa. David e Margaret Barron haviam retornado à Kounkane no Senegal, então Leslie e Bessie decidiram ir até lá e solicitar vistos novamente. Em novembro de 1944, chegaram ao Senegal, mas o seu pedido de visto foi negado novamente. Parecia não haver nenhuma maneira de conseguir o visto para a Guiné Portuguesa!

Leslie sentia-se muito frustrado por não saber a língua portuguesa. Se ele soubesse falar a língua, teria tentado atravessar a fronteira e solicitar vistos em Bissau. Em maio, a Bessie disse que estava preparada para deixar o seu filho, Norman, com Margaret Barron e ir sozinha para tentar o visto em Bissau. Ela já tinha a documentação oficial de sua estada prévia na Guiné. O oficial do governo francês outorgou os documentos necessários para passar a fronteira, e inclusive lhe deu uma carona até Pirada. Lá ela ficou aguardando por cinco dias sem conseguir transporte para Bafata. Estava quase pronta para retornar à Kounkane. O que aconteceria se ela fosse pega sem documentos em Pirada? Se eles a expulsassem ela jamais conseguiria entrar na Guiné novamente. Ela estava tão cansada que até pensou em conseguir um cavalo emprestado e cavalgar até Bafata, mas finalmente um caminhão chegou.

Bessie explicou ao comissário distrital que ela já havia morado seis anos em território português e que tinha deixado alguns pertences em Bissau. Ele a autorizou viajar até Bissau. Bessie chegou numa sexta-feira à tarde. Os cristãos lá estavam ficaram extremamente felizes ao vê-la. Ela só poderia fazer o pedido de visto ao governador na segunda-feira pela manhã. No domingo, eles oraram e jejuaram. Naquele mesmo domingo, o bispo católico que havia sido sempre muito hostil, partiu para Lisboa.

Na segunda-feira de manhã, Bessie tinha uma entrevista marcada com o novo governador, Sarmento Rodrigues, que foi muito receptivo e concordou em enviar o seu pedido de três vistos a Lisboa. O ex-governador, aquele que tinha feito votos para que Bessie não voltasse, tinha sido transferido. Ela então pediu pra aguardar a resposta em Bissau. Rodrigues ficou surpreso, mas concordou. Agora, portanto, Bessie tinha várias semanas nas quais poderia visitar encorajar e ensinar os cristãos. Finalmente um telegrama chegou de Lisboa: “Vistos outorgados para três cidadãos britânicos”.

No entanto no Senegal, Leslie não estava ocioso. As orações do seu filhinho Norman, o desafiavam a cada noite. “Papai, por favor, traz a mamãe com sapatos, balas e os vistos num grande caminhão.” Leslie começou a preparar a bagagem de modo que estivessem prontos quando a Bessie chegasse. O Senhor tinha prometido a ele os vistos, uma casa para a sede da missão e tinha-lhe dado um plano de ação para o trabalho.

Quarenta e um dias mais tarde, quando Bessie atravessou a fronteira num grande caminhão com os vistos, ela encontrou Leslie e Norman com tudo encaixotado e prontos para partir para a Guiné Portuguesa, no dia seguinte, seis de julho de 1945.

Sendo que a capital estava em processo de mudança de Bolama para Bissau, era praticamente impossível encontrar hospedagem. No entanto, após dois dias eles receberam a promessa de uma casa com três quartos e um ambiente adequado para as reuniões. Puderam enfim, começar o plano de ação que Deus tinha dado à Leslie, que era: Começar o trabalho em Bissau, depois Bolama logo as Ilhas de Bijagos e a região de Balantas.

O novo começo

O que acontecera com aquele pequeno grupo que a Bessie havia deixado em 1941? Eles tinham continuado a se reunir na casa que a Bessie havia alugado até 1943, quando as autoridades portuguesas proibiram-lhes de manter reuniões porque o senhor Armando Santos não era oficialmente conhecido como o líder. Mesmo assim, o grupo continuou a encontrar-se aos domingos. Às vezes na casa de Mimi, e às vezes na casa de João Vaz, no Bairro.

No primeiro domingo após a chegada dos Brierley à Bissau, reuniram-se vinte pessoas. Cada crente testemunhou a forma como o Senhor os tinha guardado durante aqueles anos. Outros tinham se convertido. Mimi trouxe com ela quatro ou cinco mulheres para aquela primeira reunião. Duas se converteram poucos dias depois. Elas aguardaram por três anos o retorno de Bessie para aceitar a Jesus. Dona Juliana e Dona Jota, tornaram-se grandes trabalhadoras para o Senhor. Pouco tempo depois, havia treze novos convertidos. Leslie formou uma comissão para organizar as coisas.

Bessie e Leslie estavam sozinhos e muito ocupados com a tarefa de encorajar e ensinar esse pequeno grupo de crentes. Muitos ingleses estavam prontos e dispostos a ajudá-los, porém era impossível conseguir visto até que Edith Moules,”Ma Moli,” veio visita-los. Através do seu trabalho e da sua influência, as portas finalmente se abriram para que novos obreiros viessem para a Guiné Portuguesa.

“Eu construirei a minha igreja…”

Atos 1:8 diz: “… Serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. Leslie Brierley, sempre teve os seus olhos fixos nos lugares afastados das grandes cidades, onde as pessoas ainda precisavam escutar sobre Jesus. Ninguém sabia com certeza, por quanto tempo a Guiné estaria aberta para a pregação da palavra de Deus. Leslie tinha duas metas: Despertar na igreja uma visão para evangelismo e ensinar aos cristãos de tal modo que a igreja crescesse mesmo que os missionários tivessem de deixar o país.

Leslie preparou os cristãos para assumir responsabilidade dentro da igreja. Nas segundas-feiras à noite eles tinham aula na “missão dos pescadores”. Os crentes eram ensinados a dar aulas ao ar livre ou na Escola Dominical. Aos sábados à noite a aula era repetida para praticar e no domingo pregavam sobre a mesma lição. Cinco histórias com auxílios visuais eram ensinadas nas igrejas.

A casa no centro de Bissau que tinha servido como sede da missão estava tornando-se muito pequena. Leslie e Bessie começaram a procurar um lugar maior. Em 1950 eles compraram uma casa em Bissau Novo. O trabalho se expandiu para um novo distrito de Bissau, que era então uma região rural. A mudança não ocorreu sem problemas, já que alguns dos crentes viviam muito longe da missão, mas ao mesmo tempo, a igreja ganhou espaço para expandir-se. Mais tarde houve também reuniões em Gambiafada, Bandim e Chão de Papel.

É claro que houve problemas e dificuldades, mas estes só fizeram com que Leslie Brierley trabalhasse com mais intensidade ensinando e preparando evangelistas e presbíteros nacionais. Uma igreja que vai enfrentar perseguição precisa líderes bem discipulados.

Lesley Brierley sempre esteve muito atento identificando e ensinando líderes potenciais. A primeira escola bíblica abriu em 1950 em Bissau Novo e contava com seis estudantes, mas logo em seguida o edifício foi destruído por um incêndio. Sendo que não havia outro lugar para que estudassem, a escola teve que ser fechada.

As Ilhas de Bijagos

Em sintonia com a visão de trabalho de Lesley, que era começar o trabalho em Bissau, depois passar para Bolama, logo para as Ilhas de Bijagos e para a região de Balanta, ele jamais esqueceu as Ilhas de Bijagos. Um dia Mimi foi à Bubaque para tratamento médico. Ela conseguiu alugar uma casa, e começou a ter algumas reuniões lá. Leslei foi à Bubaque com um oficial distrital em 1946. Vinte pessoas foram à reunião, e o comissário distrital e um professor ficaram muito interessados. Mas somente quando os reforços de pessoal começaram a chegar em 1949, é que os missionários puderam instalar-se nas Ilhas.

O ministério entre os muçulmanos, e a morte de Bessie

Leslei e Bessie jamais esqueceram o sul do país. Em 1946, usaram seu carro novo para visitar Catio. Em 1950 Leslei chegou à Ilha de Nalus. Um chefe de lá, foi muito receptivo e demonstrou real interesse na palavra de Deus. Em 1956, Michael Tarrant passou três dias lá. Naquele momento já não mais havia ídolos ou os altares destes, cada vila tinha o seu próprio missionário muçulmano e mesquitas estavam sendo construídas em todo o lugar. Todos os Nalus tinham se tornado muçulmanos. Será que os Brierley tinham chegado tarde demais para abrir os corações?

Em 1969, Bessie morreu num acidente de carro na Inglaterra. Em sua memória, Leslei pediu ao Senhor por um novo avanço do Evangelho entre as pessoas muçulmanas da Guiné Bissau. Em 1971, isto se tornou uma meta oficial da Missão, e em 1976, David Smith e sua família mudou-se para Bafata. Desde então, tem havido uma dura batalha para manter o testemunho entre o povo muçulmano na Guiné Bissau.

Hazel Wallis


Este artigo é reproduzido, com autorização, de Light Shines in the Darkness, The History of the Church in Guinea-Bissau (1940-1974) (Bubaque, Guinea-Bissau: Missão Evangélica, 1996). Todos os direitos reservados.