Coleção Clássica DIBICA

Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.

Mondlane, Nanson

1910
Igreja do Nazareno
Moçambique

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O Nanson Mondlane viveu na área da Igreja do Nazareno de Mavengane na Província de Gaza em Moçambique. A sua família era os chefes daquela área; o seu irmão era o régulo. Durante o tempo que ele trabalhava nas minas de ouro na África do Sul na década de 1930, o Nanson Mondlane converteu-se à fé cristã pela pregação do missionário, o Rev. J. F. Penn, sénior. O Mondlane ficou um obreiro na igreja do tempo parcial. Foi chamado, com afeição genuína, “irmão amado,” e ele era isso mesmo. Durante a reunião anual da igreja em Moçambique, quando o Mondlane estava de férias, ele foi nomeado servir como dirigente da área ocidental das minas.

Milhares de mineiros moçambicanos estiveram empregados nas minas de ouro e carvão de África do Sul do fim do século 19. As changanas da Província de Gaza foram vistos como os trabalhadores melhores. O ministério da Igreja do Nazareno entre estes mineiros sempre foi uma parte integral da igreja em Moçambique. De facto, foram mineiros convertidos na África do Sul que regressaram às suas famílias em Moçambique e estabeleceram as primeiras igrejas nazarenas em Moçambique. Durante os anos que seguiram, os mineiros enviaram um fluxo constante de novos convertidos para as igrejas em Moçambique. Também, foram os dízimos e ofertas que sustentaram as igrejas pobres em Moçambique. Sempre havia missionários designados para servir os mineiros, mas com as minas dispersas amplamente no país, a maior parte da responsabilidade pelo ministério entre mineiros ficou com os outros mineiros. Em parte, a razão por isso foi o facto que as autoridades do governo moçambicano só permitiram um só presbítero nazareno em um momento ter residência na África do Sul.

Depois de ser nomeado ao serviço nas minas, o Nanson Mondlane regressou para mina onde ele trabalhava anteriormente e onde ele ganhava um bom salário. Mas, o patrão anterior tinha saído e a sua posição tinha sido dada a um outro. O serviço que lhe oferecido não forneceu um bom salário. Ele andava procurando emprego melhor, e achou umas posições melhore. Entretanto, a sua condição era que ele teria as tardes dos sábados e todos os domingos livres para realizar o trabalho da igreja. Nenhuma das posições que pagavam melhor aceitava esta condição. O problema era que ele teve a sua família em Moçambique que precisava o seu apoio, e os filhos precisavam de pagar propinas na escola. Ele precisava dos fundos extras. No fim, ele aceitou um emprego com um salário muito mais baixo num lugar situado no centro do distrito onde ele estava a servir na igreja.

Ele mostrou que estava verdadeiramente santificado e comprometido ao trabalho de Deus. Ele estava um pregador efetivo e dirigente na igreja. Os donos da mina onde ele trabalhava chamaram-no Moruti (que significa “pastor” na língua siSotho). Uns chamaram-no pelo nome inglês, Preacher Man (homem pregador), mas ele disse que não sabia o que isso significava. O missionário, o Rev. Charles Jenkins, confirmou que o nome significava a mesma coisa como Moruti. Quando os dirigentes dos trabalhadores nas minas viram o sacrifício que ele fez de boa vontade a favor do ministério na igreja, os crentes que ele serviu nas minas decidiram dar ao Mondlane uma contribuição financeira cada mês para o apoiar. Em 1959, ele ficou superintendente da zona oriental de Joanesburgo e também do Estado Livre de Laranja. Isso exigiu muito mais trabalho e muitas viagens visitando as minas daquelas zonas. Assim, Nanson Mondlane foi um dos pioneiros fieis na direção das igrejas moçambicanas entre as minas da África do Sul. [1]

Paul S. Dayhoff


Notas:

  1. C. S. Jenkins, “Nanson, a Brother Beloved,” The Other Sheep, Revista das missões da Igreja do Nazareno, Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, September 1960), 11.

Este artigo é reproduzido, com permissão, de Africa Nazarene Mosaic: Inspiring Accounts of Living Faith, primeira edição, (Florida, Gauteng, South Africa: Africa Nazarene Publications, 2002), direitos autorais © 2001, por Paul S. Dayhoff. Todos os direitos reservados.