Coleção Clássica DIBICA
Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.Bokwe, John Knox (A)
O John Knox Bokwe está honrado como um dos escritores mais celebrado entre os escritores de hinos na língua Xhosa. Foi um membro da clã do Ngqika Mbamba e foi nascido como Ntselamanzi, perto da missão Lovedale, no dia 15 de março de 1855.
Ele cresceu no distrito e foi aqui que mais tarde ele ficou um dirigente na Igreja Presbiteriana. O pai dele, o Jacob, foi um dos primeiros alunos que se inscreveu na escola de Lovedale quando a escola foi aberta como instituição de treinamento no dia 21 de Julho de 1841.
O Jacob nomeou o seu filho mais novo em honra do eclesiástico presbiteriano de Escócia, o John Knox. Como rapaz, o John primeiro assistiu à escola local da missão e teve como professores o William Daniel Msindwana e o William Kolbe Ntsikana, neto do Ntsikana, o profeta Xhosa e escritor de hinos. Em 1866, ele foi admitido nas aulas preparatórias da Instituição Lovedale. Ele continuou à faculdade universitária em 1869 e completou o curso quatro anos mais tarde (Stewart 1888:22).
Do tempo quando o Bokwe foi um jovem novo, ele trabalhava na instituição para ajudar pagar as propinas. Em 1867, ele começou ajudando na casa da família Stewart, os missionários, onde ele recebeu uma “meio-coroa” (USD 0.25) por mês e também a sua comida. Pouco e pouco, as responsabilidades e também o seu salário aumentaram-se até ele ficou secretário do chefe da instituição. Durante este tempo ele foi dado lições como tocar o piano e a órgão por uma Sra. Stewart. Ele conseguiu tocar ambos os instrumentos com proficiência. Ele também ficou membro da orquestra de instrumentos de latão de Lovedale (Huskisson 1969:8).
Uma menina, a Lettie Ncheni, também trabalhava na casa da família Stewart. Ela trabalhava com a família de 1868 até 1873 quando assistia aulas noturnas, e de 1871 quando estudava do dia. Cinco anos mais tarde ela acompanhou a Sra. Stewart numa viagem para Escócia. Elas ficaram no além-mar por três anos e quando regressaram, a Lettie casou-se com o John Knox Bokwe (Waterston 1983:31). Em 1879, o Bokwe escreveu de Lovedale para o Dr. Laws da Missão de Blantyre e disse-lhe: ‘Quanto à Lettie e eu, estamos bem e muito contentes. Deus e todos em redor de nós tratam connosco com amizade e bondade.’ Ele continuou dizendo que eles gostaram muito tendo a sua própria lar (MS 7902:1879).
No entanto, o Bokwe ocupou um número de posições. Ele progrediu de servir como ajudante na casa no lar da família Stewart para servir como escriturário, ajudando como a publicação da revista de Lovedale, o* Expresso Kaffir*, em 1870. Mais tarde ele ficou responsável pela estação do telegrafo de Lovedale, e em 1876 ele ficou a contabilista, interprete e secretário particular do diretor. Outras responsabilidades foram aumentadas: chefe dos correios, diretor do coro, encarregado da caixa, e de tempo em tempo ajudou servindo como docente.
Do ano 1875, o Bokwe começou a escrever hinos. Ele visitou a Escócia e cantava os seus hinos aos encontros sociais. Em 1897 e partiu de Lovedale para se juntar com o John Tengo Jabavu como coeditor do Imvo Zabantusundu. Numa declaração dos trabalhadores de Lovedale datada 13 de dezembro de 1897, os seus colegas exprimiram os seus sinceros sentimos sobre a saída dele da instituição. Deram-lhe 25 libras que eles recolheram entre eles mesmos, e uma Bíblia, dizendo que, durante os 30 anos que ele estava na instituição, ele foi considerado uma parte essencial de Lovedale. Depois da sua saída, o Bokwe percebeu que a sua verdadeira vocação era servir como ministro e não como jornalista. Ele regressou a Escócia para receber treinamento e foi ordenado ao ministério presbiteriano em 1906.
O Bokwe foi dado responsabilidade por uma congregação na vila de Ugie e ele também participava numas campanhas evangelísticos. Ele foi forçado tomar a reforma em 1920 devido aos problemas de saúde. Neste tempo ele transferiu-se mais perto de Lovedale mais uma vez. Nos seus últimos anos ele dedicou-se ajudando o Dr. Henderson, o diretor, traduzindo os salmos métricos na língua Xhosa.
A contribuição do Bokwe’s para a música religiosa na língua Xhosa foi excecional. Ele ajudou com a publicação do primeiro hinário na língua Xhosa em 1884. Ele compos a música para o ‘hino grande’ (Ulothixo Omkhulu) do Ntsikana e também escreveu a biografia dele. Em 1885 e publicou um livro das suas próprias composições chamado Amaculo ase Lovedale ou ‘Música de Lovedale’. As suas obras incluem Sino do Ntsikanal, Guia Celestial, Canto do Casamento e Vuka Deborah.
O Bokwe foi casado duas vezes e teve seis filhos: o Barbour, o Roseberry, o Selbourne, a Frieda, a Pearl and o Waterstone (Jabavu 1982:18). O Roseberry Tandwefika (1900-1963) qualificou-se como medico em 1933 e mais tarde ficou ativo no Congresso Africano Nacional. A Frieda casou-se com o ‘ZK” (Zachariah Keodirelang) Matthews, o educador, eclesiástico e nacionalista africano. A Pearl ficou a esposa do Mark Radebe, o compositor.
J. A. Millard
Bibliografia
Bibliografia
Carter, G. & T. Karis, eds. From Protest to Challenge: a Documentary History of African Politics in South Africa 1882-1990. Stanford: Hoover Institution Press and Pretoria: Unisa, 1997.
The Christian Express. 1 January 1898.
Huskisson, Y. The Bantu Composers of Southern Africa. Johannesburg: SABC, 1969.
Jabavu, N. The Ochre People. Randburg: Ravan, 1982.
MS 7902. Carta do J. Bokwe para Dr. Laws datada 19 de novembro de 1879. National Library of Scotland.
Shepherd, R. Lovedale. South Africa: The Story of a Century 1841-1941. Lovedale: Lovedale Press, 1940.
Stewart, J. Lovedale. Past and Present: A Register of Two Thousand Names. Lovedale: Lovedale Press, 1888.
Waterstone, J. The letters of Jane Elizabeth Waterstone 1866-1905. Edited by L. Bean & E. Van Heyningen. Cape Town: Van Riebeeck Society, 1983.
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