Coleção Clássica DIBICA

Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.

Mkhwanazi, Josefa Mncina

1886-1965
Igreja do Nazareno
Eswatini

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O Josefa Mkhwanazi foi um homem ousado e corajoso, conhecido por ter lutado e vencido pítons. [1]. Ele foi muito positive e amava de lutar, as vezes desafiando quatro ou cinco outros ao mesmo tempo. Ele era campeão e nunca foi vencido. Um homem entre homens, o Rev. Josefa Mncina Mkhwanazi teve a altura de 1.8 metros e a massa de quase 80 quilogramas, e conseguiu correr com rapidez. Ele teve um rosto angular e os olhos penetrantes estavam colocados profundamente em baixo da sua testa que ele nunca sofreu de cegueira do sol.

O pai do Mkhwanazi teve medo que num dia, ele matasse alguém. Numa tentativa controlar o seu temperamento violento, ele colocava amuletos nos seus braços, pulsos e tornozelos, mas as suas lutas ficaram sempre pior. Também, e continuava como bêbedo. O seu irmão mais velho convenceu-o ficar um polícia na vila de Pigg’s Peak. Serviu assim por três meses e num dia ele ficou profundamente perturbado com um dos seus colegas. Ele lutava com o outro polícia em frente do gabinete do magistrado e por isso, ele foi admoestado severamente e dado um aviso final. Ele lamentava muito a sua condição e desejava libertação deste espírito mau que o dominava.

Num dia em 1911, enquanto estava a servir na região sul de Suazilândia, ele estava a passar um edifício e ele foi atraído pelos cantos que estavam sendo entoados. Ele entrou, sentou-se atrás na sala e escutava à música. Durante a semana seguinte, ele voltou ao culto e encontrou o Senhor Jesus através do ministério da Sra. Malla Moe [2], uma missionária da Missão Aliança de Escandinávia. Ele ficou inteiramente santificado e acho o remédio por seu temperamento violento, e também todos os outros vícios da sua vida. Daquele tempo adiante, as suas energias ficaram focados na propagação do Evangelho de Cristo. [3]

O Mkhwanazi progrediu a uma posição alta de autoridade na polícia. Entretanto, ao completar os cinco anos dos seu contrato com a polícia, ele juntou-se com a missão de Endzingeni. Por dezoito meses, ele estudava nas aulas de treinamento para pastores. Durante este tempo, ele casou-se com Emma, uma jovem cristã exemplar. Ao completar o curso, eles foram para a aldeia de Evusweni para iniciar uma igreja em baixo de uma árvore. A igreja logo ficou uma igreja forte com uma boa congregação. Ele tocava a sua corneta e o som dela foi ouvido sobra todas as colinas e vales na zona. Quando morreu a sua única filha, Sarah, a submissão deles a Deus e a continuação da fé deles no Senhor foi uma lição grande aos seus amigos suazis.

Um problema surgiu quando morreu o irmão mais velho do Mkhwanazi. Com este evento, Mkhwanazi ficou chefe do lar familiar. Assim, ele foi obrigado tomar responsabilidade pelas três mulheres não crentes do seu irmão falecido. Duas destas mulheres regressaram as suas próprias famílias, mas a terceira insistiu que o Mkhwanazi tomasse a sua responsabilidade por ela. Se ele recusasse, seria um insulto grave aos espíritos ancestrais. Os familiares convidaram-no para um jantar especial e a mulher foi formalmente apresentada a ele. Ele foi afligido, mas explicou com gentileza porque foi que ele não pudesse aquiescer. Concedendo todos os seus direitos ao seu irmão mais novo, ele levantou-se e despediu os outros, desaparecendo na escuridão da noite. [4]

O Mkhwanazi não teve medo desafiar as práticas não cristãs do seu povo e por isso ele foi chamado Nguzondokubi (“aquele que odeia o mal”)[5]. Ele pregava até a gente desejava matá-lo. O chefe local uma vez mandou-o deixar aquela área, e ele chegou na igreja num domingo com quatro guerreiros com paus, azagaias e “sjamboks” (acoites feitos com a pele do hipopótamo). Eles informaram-no que vieram para o acoitar, e os membros da congregação fugiram da igreja. Subitamente, o Mkhwanazi desarmou-os e lançou as armas deles no canto do edifício. Mandou-os sentar-se e chamou os membros para regressar ao culto, e ele continuou com a sua pregação. O chefe ficou espantado e perguntou ao guerreiro melhor, “Ele tomou a sua arma também?” Eles reconheceram a mão de Deus nestes eventos e ambos foram para a frente da igreja para orar ao fim do culto. [6]

O Mkhwanazi nunca fugiu de perigo e duas vezes salvou a vida do missionário pioneiro, o Rev. Harmon Schmelzenbach, quando a sua força foi gasta nadando sobre um rio turbulento e cheio de crocodilos. [7] O Harmon Schmelzenbach viajava com ele sobre toda a região norte da Suazilândia, evangelizando e estabelecendo novas igrejas. O Mkhwanazi logo ficou a pessoa responsável nesta área.

Em 1927, o Mkhwanazi escreveu que a mãe do Rei Sobhuza uma vez pediu aos igrejas que os membros orassem por chuva porque estava a sofrer uma seca severa. Assim, os membros jejuaram e oraram. Ele dava louvores ao Senhor porque naquele ano tiveram as chuvas melhores do que nunca. [8]

O Mkhwanazi foi a pessoa chave ajudando o Elmer “Vusigama,”[9] o filho do Harmon “Sibhaha” e da Lula “Vulindlela”[10] Schmelzenbach, resolver o seu conflito sobre a chamada de Deus servir como missionário em África. Ele escreveu-lhe muitas vezes enquanto o Elmer estava a estudar na Universidade Nazarena do Noroeste nos EUA.

O Mkhwanazi foi ordenado presbítero pelo Dr. J. G. Morrison em 1939 e foi nomeado superintendente distrital do tempo integral do distrito inteiro. Ele guiou muitas pessoas ao ministério. O Dr. Samuel Hynd, filho dos missionários médicos pioneiros na Suazilândia, o Dr. David e a Sra. Agnes Hynd, foi ao altar e entregou a sua vida ao Senhor quando o Mkhwanazi pregava.

Um trabalhador forte, o Rev. Mkhwanazi frequentemente dizia, “Os homens mais novos comem a poeira dos meus pés no trabalho da pregação do Evangelho.” [11] Quando veio o tempo da sua reforma em 1955, O Mkhwana disse que nunca viu o conceito da reforma nas Escrituras. [12] Ele continuou a servir como pastor na vila de Mliba e foi amado por todos. Um pouco tempo antes de morrer de cancro, com lágrimas ele rogava ao missionário William Esselstyn preservar a unidade entre o povo e os missionários e nunca permitir nada quebrar a confraternidade ou provocar uma falta de confiança. [13]

Paul S. Dayhoff


Citações:

  1. David Peter Whitelaw, A History of the Church of the Nazarene in South Africa, (Florida, Transvaal, South Africa: Nazarene Publishing House, 86.

  2. Bill Moon, carta eletrónica explicando a escrita do nome “Malla,” citando uma publicação da impressa, Moody Press: Malla Moe por Maria Nilsen (28 de maio de 1999).

  3. Salome Dlamini, entrevista por Beth Merki, gravado em Manzini, 18 março 1992; Joseph Mkhwanazi, carta ao editor, Umphaphamisi (The Herald), Swazi-Zulu revista da Igreja do Nazareno por Suazilândia e África do Sul, (Florida, Transvaal, South Africa: Nazarene Publishing House, June 1918), 4.

  4. Amy N. Hinshaw, Native Torch Bearers, (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, 1934), 106-110.

  5. L. C. Sibandze, “Pioneers to Follow,” Umphaphamisi, (September 1974), 2.

  6. Leslie Parrot, Sons of Africa: Stories from the Life of Elmer Schmelzenbach, (Kansas City, MO: Beacon Hill Press of Kansas City, 1979), 87ff, 102ff.

  7. Lula Schmelzenbach, The Missionary Prospector: A Life Story of Harmon Schmelzenbach Missionary to South Africa, (Kansas City, MO: Beacon Hill Press of Kansas City, 1936), 160.

  8. James Mkhwanazi, carta; Umphaphamisi (January 1928), 4.

  9. “Aquele que revivifique o nome”

  10. “Aquele que abra o caminho”

  11. Mr. Lodrick Gama, apontamentos (Siteki, 2 March 1992); Mendell Taylor, 50,000 Miles of People, Places and Practices, (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, 1966), 69.

  12. Joseph Penn, apontamentos (26 maio 1992); Umphaphamisi (julho-agosto 1961), 1.

  13. William Esselstyn, letter (19 junho 1993).


Este artigo é reproduzido, com permissão, de Living Stones In Africa: Pioneers of the Church of the Nazarene, edição revisada, direitos autorais © 1999, por Paul S. Dayhoff. Todos os direitos reservados.