Coleção Clássica DIBICA

Todos os artigos criados ou enviados durante os primeiros vinte anos do projeto, de 1995 a 2015.

Sibandze, Patrícia Phetfwayini (Matfunjwa)

1919-1979
Igreja do Nazareno
Eswatini

Patricia Sibandze

A Sra. Patrícia Phetfwayini (Matfunjwa) Sibandze, esposa do Leonard Sibandze, nasceu na vila de Phophonyane (na zona de Pigg’s Peak). O pai dela morreu quando ela era bebé e por isso foi dado o nome suazi, *Phetfwayini *(“O que acontecerá com ela agora que ela não tem pai?”). A mãe dela decidiu deixá-la com um tio que não era crente e ela cresceu na casa dele. Quando teve nove anos de idade, ele começou a estudar. Andava à pé por 8 quilómetros cada dia para assistir na escola. Porque não teve que pagar as propinas, ela conseguiu estudar na escola da Missão de Hhelehhele, o local onde ficava a missão.

O primeiro professor dela contava aos estudantes, “Se orarem, Jesus há de responder.” A Patrícia não teve sabonetes, e cada dia no caminho para casa, ela orava por um sabonete.” Uns dias mais tarde, ele foi mandado ir buscar uma encomenda. O nome dela foi escrito na encomenda e ao abrir a encomenda, achou um sabonete. Sob o ministério deste professor amado, o Rev. João Dlamini, e o pastor da igreja, o Rev. Solomon Ndzimandze, ela orou, confessou os seus pecados, e tornou-se um seguidor de Jesus Cristo. Em 1935, durante os estudos na escola de Endzingeni, a Patrícia experimentou a bênção da inteira santificação. [1]

Naquele tempo, ele sentiu uma chamada definitiva de Deus ser professor. Ela estudou muito e fez a preparação para servir como professor. Por muitos anos ela dava aulas nas escolas da Igreja do Nazareno. Em 1943, ela casou-se com o Leonard Sibandze. Ambos serviram como professores na escola de Hhelehhele onde o Leonard era diretor da escola.

Em 1971, a Patrícia sentiu-se chamado para o serviço da promoção da escola dominical. Ela deixou a posição com salário e trabalhava gratuitamente do tempo inteiro na promoção da escola dominical. Ele teve um mapa com setenta e quatro estrelas que marcaram a posição das igrejas com escolas dominicais. Ele desafiou cada igreja organizar mais quatro escolas dominicais em redor do seu local principal.

A Patrícia Sibandze era um dinamizador capaz das senhoras suazis. Ela iniciou e organizou o primeiro dos retiros para senhoras cristãs na Suazilândia, uma tradição que continua até hoje. Este retiro foi abençoado por Deus com um movimento profundo do Espírito Santo que resultou e grandes ofertas alegres e espontâneas. As senhoras oraram por seus maridos e suas crianças. Também, a Patrícia arranjou que as senhoras nazarenas visitassem como grupo a residência real no capital tradicional do país, Lobamba, para orar especialmente pelo rei e pela nação. Uma vez, o rei próprio servi uma refeição pelas senhoras na sua residência.

Uma pastora, a Reva. Juliet Ndzimandze, deu-lhe este tributo: “A Patrícia Sibandze foi uma grande guerreira em oração. As orações dela mudaram o destino da igreja, trouxeram as chamas de avivamento, reedificaram lares quebrados, abriram caminhos pelas montanhas, trouxeram água para o deserto e abriram as portas das prisões.” Com a direção da Sra. Patrícia Sibandze, duas ou três vezes por ano, cerca de vinte obreiros suazi da Igreja juntavam-se por cinco dias para orar e jejuar. Oravam por avivamento entre os obreiros, entre o povo, entre os jovens e entre os dirigentes nacionais.

Na sua última Convenção da Escola Dominical, a Patrícia foi dado o nome, Mthwalizizwe (“Aquele que carrega o peso da nação.”) para agradecer os vinte anos de serviço que ela dava ao programa da escola dominical. Toda a vida dela foi dedicada ao serviço aos outros. [2] Quando ela morreu, houve um total de duzentos e noventa escolas dominicais organizadas na Suazilândia com uma inscrição ultrapassando vinte mil crianças. Novas igrejas foram organizadas de umas destas escolas dominicais. A sua amizade constante e pessoal com Cristo fez dela um testemunho poderoso que influenciou muita gente. Foi conhecida como uma pessoa que sentiu as dores daqueles que sofreram, e alegrava-se com aqueles que estavam alegres.

Depois de sofrer por mais que um ano com cancro, ela morreu vitoriosamente no Senhor. Mais que mil pessoas assistiram o culto fúnebre dela na Igreja do Nazareno em Manzini. [3] Ela foi sobrevivido por três filhos: o Joe, a Helen e o Samuel.

Paul S. Dayhoff


Notas

  1. Florence Davis, “True Stories from the Life of Patricia Sibandze,” em Missionary Stories from Around the World, (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, 1941).

  2. “‘Mthwalziziwe’ 1920-August 8, 1979” em World Mission, (Kansas City, MO: Nazarene Publishing House, February 1980), 4.

  3. L. Sibandze, “Patricia Phetfwayini,” World Mission, (September 1980), 11.


Este artigo é reproduzido, com permissão, do* Living Stones In Africa: Pioneers of the Church of the Nazarene*, edição revisada, direitos autorais © 1999, por Paul S. Dayhoff. Todos os direitos reservados.